sábado, 19 de março de 2011

Talvez Futilidade...


Como é bom descobrir que o cristal sobreviveu à tempestade e ainda pode brilhar, e que meus sonhos não estão à deriva no mar. Como é bom ter a chance de conhecer o impossível, e viver o inverossímil. Como é bom ter um motivo para levantar da cama, e saber que ainda se ama. Ainda, e que o amor nunca se finda.
Como é bom descobrir que é possível ter paz, mesmo que eu não a tenha sentido mais. Tenho saudade, mas ainda busco mais pela felicidade. Aquela que força-nos a sorrir, mesmo que tudo esteja a ruir. Porque se caímos junto à ruína, o ciclo de possíveis recomeços se finda. E o objetivo de tudo é recomeço, fim pelo avesso. Esforços inúteis por recomeços fúteis.
Mas já cheguei à conclusão de que a futilidade também é necessária ao coração. Afinal, na teoria, a felicidade não é necessária à vida.
Entretanto, ser feliz é o que sempre se quis. Porque cedemos às futilidades que nossa alma quer, seja o que ela quiser. Porque, no fundo, a felicidade é a única sublime futilidade.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Brincadeira de Criança


A exemplo do que vi no blog "O Diário da Garota de Várias Faces", falarei sobre um assunto muito pertinente nos dias de hoje: a mudança de comportamento das crianças.
Primeiramente, é interessante ressaltar que eu fui uma das pessoas que, pela idade, pode-se dizer que, enquanto criança, passou pela "fase de transição". Essa fase de transição à qual me refiro é a dos tempos em que o maior passatempo das crianças eram as brincadeiras do lado de fora da casa e que, de repente, virou o videogame e o computador.
Antigamente (me refiro há uns dez ou doze anos atrás), eu vivia do lado de fora da casa. Ainda me lembro do prazer que eu sentia ao rodear a casa diversas vezes de bicicleta (risos), ouvindo o som ligado na área da minha casa de boneca, que tocava o CD da trilha sonora da novela "O Beijo do Vampiro". Ainda me lembro de a minha mãe reclamar de eu e minha irmã pularmos corda logo após o almoço, e nós ficarmos chateadas. Ainda me lembro de eu tentar aprender as coreografias das minhas músicas preferidas (risos).
Não sei se todos concordam comigo, mas de certa forma, não é o que a sociedade oferece? Às vezes, sinto como se culpássemos as crianças. É claro que elas podem fazer suas escolhas, mas se todas ouvem na escola sobre o computador novo de fulano, o jogo novo baixado por cicrano e etc, e elas não têm nada disso (principalmente pela possibilidade de hoje em dia, estar conectado aos amigos quase o tempo todo), elas podem se sentir excluídas, ou no mínimo, diferentes. Obviamente, há pessoas, e não apenas crianças, que não dão importância a esse assunto, e vivem numa boa sem "excessos" de tecnologia. Mas são raridades.
Eu mesma. Não consigo imaginar minha vida sem, ao menos, um computador. Porque, para a internet, existem as lan-houses. Mas se não houver espaço para eu escrever minhas histórias, poemas, posts no blog, além de criar imagens como uma forma de passatempo e baixar as músicas e shows de minhas bandas preferidas (já que produtos importados são caríssimos), eu acredito que "enlouqueceria". Eu sei que exagero no tempo em que fico em frente ao computador, mas é como um vício, porque fazemos tudo por aqui, é inevitável. Tenho consciência de meu erro, mas ainda assim o cometo.
Imaginem uma criança ter consciência de que ficar tempo demais em frente ao computador ou videogame é errado e pode prejudicá-los? É bem complicado, já que talvez um de seus argumentos seja o de que "todos também fazem isso". Infelizmente, acredito que, para a "moda" voltar a ser as brincadeiras mais saudáveis, muitas crianças ainda terão de apresentar problemas cardíacos e/ou obesidade, para mostrar que, enfim, tudo isso "não é tão legal". Arrancá-los de vez desses hábitos obviamente não é uma boa ideia (apenas se isso afetar seu comportamento de forma relevante), até porque não é essa a intenção. A sugestão é mostrar que também há um mundo lá fora, e que os chama.
Criança é um assunto e tanto, hein? Posteriormente, falarei mais um pouco sobre o que penso e vejo delas. Um abraço a todos!