segunda-feira, 11 de julho de 2011

Programações


Querer querer é o ápice da perdição! Deu pra entender? Sem problemas, nem eu o consegui...
Vamos tentar filosofar... Querer algo, em si, tem um determinado significado. É o desejo em si. Mas quando o querer passa a ser objeto do desejo?
Está confuso, não? Tentemos outro caminho. Querer é poder, dizem muitas pessoas. Mas querer querer é muito complicado.
Entretanto, querer é poder pode ser o início de nosso entendimento. Por exemplo, quando "queremos" esquecer aquela pessoa. Na verdade (pelo menos, é o que acontece comigo), queremos esquecer, mas não queremos querer esquecer.
Veja: querer não é poder? Então... No fundo, eu não quero esquecer, apenas quero querer. Porque se quisesse, eu poderia. Mas não. Parece que quero alimentar meu ego, fazer-me vítima da minha própria sina. Porque amar é bom demais, independente de qualquer coisa.
Se não quiséssemos, era só "cortar" nossos pensamentos a respeito daquela pessoa e pronto. Mas a nossa cabeça parece estar programada para apegar-se a certos pensamentos, a "viciar-se" em amar. Parecemos estar programados para isso, e não é a procura de um simples botão ou desprogramação que mudará isso. Quem está "programado" (a começar por mim), sinto informar, está com uma doença incurável; você está condenado a amar. O jeito é tentar conviver com essa "doença" da melhor maneira possível; de preferência, amando, por favor.

2 comentários:

  1. Belíssimo texto! Fosse de fato o amor uma doença e que incurável fosse, como seria mais leve a vida. Muito pelo contrário, o amor é vida, acima de tudo e de qualquer coisa. Um super abraço.

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  2. O texto, como sempre, está maravilhosamente divino. De onde você tira tanta inspiração, hein? :)
    Por falar nisso, tem selinho pra você lá no meu blog. Espero que goste!

    http://blogdacamila-blog.blogspot.com/

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